Ia sentada á sua frente,numa viagem longa
Perdia o seu olhar pela paisagem que ia desfilando
Ignorando os barulhos do comboio sobre os carris
E ele perdido nos seios que a sua blusa teimava em mostrar
Sentiu-se embaraçado de inicio,como o miúdo traquinas
Apanhado em flagrante,mas havia um feitiço naquele lugar
Que fazia com que os seus olhos voltassem a fixar-se lá
No vai e vem que a respiração dela fazia mover os seus seios
Uns seios redondos,firmes,perfeitos,que cabiam nas suas mãos
Imaginava ele;acordado,em sonhos eróticos e devaneios seus.
O comboio devorava os kms,assim como os seus olhos o corpo dela
Olhares cruzados quando chegou o fim da linha,sorrisos cúmplices trocados.
Promessas ardentes adiadas,saíram sem trocarem uma única palavra.
Seguiram cada um o seu caminho,com a secreta esperança.
Que no regresso de comboio,se escrevesse uma outra historia
Um outro final.